Curiosos

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Das Letras.

Letras. Um alfabeto inteiro pra formar variadas palavras que, juntas, formam frases. Mesmo quando usa-se uma só palavra, ainda assim, consegue-se formar uma frase. Curta. Rápida. Em menos de um segundo você consegue dizer exatamente aquilo que estva pensando.
Uma boa frase pode ser com uma só palavra, com quatro letras:

Fome.

Temos fome todos os dias. A qualquer momento do dia. Fome de tudo.
Fome de comida.
Fome de ansiedade.
Fome de viajar o mundo.
Fome de alguém.
Fome da areia.
Fome do mar.
Fome da baía de Paranaguá.
Fome dos pastéis do Mercado Municipal.
Fome.. fome.. fome..

Fome de te ver neste verão.

Fome de letras, que formam palavras, que por sua vez formam frases.
Curtas, longas, sinceras.

Fome de tocar de novo a sua música ao telefone, só pra você ouvir.

Tudo pode ser fome.
E "fome" é uma frase, esperando pra ser saciada.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Das paixões.

Paixões vem e vão...
e o meu coração se parece com um exaustor: hora, manda pra dentro, hora, manda pra fora.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Um dia me sentei no banco de uma praça qualquer, em um lugar qualquer. A primavera exalava o cheiro delicado e doce das flores de uma árvore que eu não faço idéia a que espécie pertence. A única coisa que eu sei, é que gosto daquele cheiro, gosto da delicadeza com que o cheiro me envolve e toca a minha alma. Um casal simpático sentou-se em minha frente:
ele, com um jornal que acabara de comprar na banca de revistas;
ela, com um pacote plástico nas mãos, começou a jogar milho para os pombos.
Ele parecia estar ali por obrigação.. apenas pra fazer companhia àquela velha e simpática senhora. Ele, carrancudo, com cara de mal humor, lendo sobre futebol. E ela... sorrindo para os pombos.
Levantei-me e pedi se eu poderia jogar um pouco de milho para os pombos também. E a velha senhora me estendeu o pacote.. começamos uma conversa, e logo o mal humorado senhor parecia mais simpático até mesmo que a senhora dele. Foi então que lhes perguntei: por quê ele parecia tão entediado, sentado ali, com o seu jornal, enquanto a sua senhora jogava milhos ao pombos, tão sorridente e feliz? E ele me respondeu:
- Realmente, não gosto de pombos, mas o que me faz sentar aqui, todos os dias com a minha senhora, é que por trás do jornal, eu fico olhando pra ela, enquanto ela joga milho à eles.. e ver o sorriso se abrindo em seu rosto me faz lembrar, todos os dias, o primeiro dia que a vi, sorrindo, e faz eu lembrar de onde veio a certeza, que eu passaria o resto da minha vida ao lado dela. Me faz ver que mesmo nos momentos difíceis, foi esse sorriso que me fez levantar a cabeça e continuar, e chegar aqui com o meu jornal, apenas pra olhar pra ela.

Não precisou de mais nenhuma explicação.