Curiosos

sexta-feira, 29 de julho de 2011

.não sei de nada.

.por que o cobertor esfria quando você não está sobre a cama e debaixo dele? Simples! Porque a capacidade de formar calor não é para todas as coisas, é para poucos.
Nem sempre deve-se escrever as coisas e, escreve-las de modo que façam sentido. Afinal, algumas coisas na vida nem sempre tem sentido. Mas penso que para algumas pessoas tudo pode ter sentido, mesmo que sejam coisas tortas.
Não, eu não sei quando deixei de fazer sentido para ela, e nem quando ela deixou de fazer sentido pra mim, o fato é que de uma maneira ou outra a gente sempre acaba se aproximando. Essa minha bipolaridade diagnosticada apenas por mim. Fato este que vai contra os princípios médicos e psiquiátricos. Às vezes acredito mesmo que sou louca. Às vezes não tenho medo de mover meus lábios e deixar escapar o que penso e sinto e, quando mais preciso falar, apenas me calo e perco lentamente aquilo que eu tanto quero abraçar forte pra não escapar mais de mim. É, eu não se de nada mesmo. Não sei o que fazer, não sei a hora certa de falar, não sei como faço pra te prender de novo a mim, não sei nem o que estou dizendo. Eu sei apenas que ainda consigo te arrancar um sorriso e que algumas vezes, ainda, consigo olhar seus olhos penetrando os meus e atingindo minha alma. Você me lança seus raios verdes e eu fico transparente.
E os elefantes coloridos voltam a caminhar no meu telhado.
E eu acho mesmo que eu sou meio torta. Incoerente com minhas atitudes e com as minhas palavras que nunca aparecem quando preciso delas.
Eu faço tudo errado, e as coisas perdem o sentido. Te abraço quando eu deveria seduzir-te. Tento te seduzir quando você precisa de um abraço. E eu ainda me pergunto: aonde é que eu estou errando?
Que bobagem. Bobagem! Quanto medo de fazer a coisa errada e te perder, se eu já estou fazendo tudo errado e te perdendo? Como consertar algo que se quebra? Como evitar?
A vida dá outra chance, mas depois que você morre, reencarna e não lembra de mais nada!!!
Irônico, um pouco, não acha?

terça-feira, 19 de julho de 2011

.sempre existe um caminho.

.desistir não é coisa de gente fraca.Nem tão pouco coisa de quem não tem coragem.
Desistir é um ato de força, de poder suportar uma dor, que mesmo que não desapareça ainda assim,
é a melhor atitude a tomar.
Desistir de algo é ter coragem e dissernimento pra reconhecer que não faria bem a você, e nem a mais ninguém.
Desistir é saber que aquele olhar triste é causado por uma confusão que não se sabe direito o que é.
Desistir é fazer com que se seja livre pra escolher.
Desistir dói, arranca pedaços e consome noites sem baixar as pálpebras umedecidas de um sentimento incoerente
tanto para a razão quanto com o coração.
Desistir, de novo eu digo, não é ser covarde. É sinal de muita força.
É preciso muita força pra aguentar, quando você desiste.
Não, não é entregar o jogo, entregar os pontos, os bets.
É deixar que se vá, com esperança de que retorne diferente.
Desistir de uma coisa é se entregar às outras coisas que estavam de lado.
É aprender a conviver com a alma dilacerada sabendo que se fez a coisa certa.
Desistir é poder lembrar, sorrir e deixar as lágrimas seguirem seu rumo.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

.quebra-cabeças incompleto.

.um caderno cheio dentro de uma mala esquecida. Folheio, e acho nele tanto que parece até que foi escrito por mim.
"não me importa se fracassamos no que quisemos sentir"

eu acho que às vezes ainda importa.

Como saber sentir se não nos permitimos se entregar?

se não nos revelamos na leveza que sentimos no corpo, quando as mãos frias tocam uma a outra?
quando sem saber tocamos nossa alma. Sem saber... sem conhecer o que estamos sentindo.

E não confundir o que acontece não só uma vez na vida, mas APENAS com uma só pessoa na vida?

Se isto vem de outras vidas, se estava predestinado a ser, eu optaria por não ter mais a vida, e nenhuma outra vida a mais, pra não sentir assim de novo.

O quebra-cabeça incompleto.

O mar sem sal e sem ondas.
O céu escuro e frio e os dias de espera pra ver a lua cheia com o seu dragão.

infinitamente.
E o infinito tem um símbolo de dois círculos, que vivem a se cruzar e se afastar, e se cruzar, e afastar, e sempre voltando ao mesmo lugar, infinitamente.

Quero cortar o laço, desmontar aquela velha coisa do "para sempre".

Mas o que a alma gravou e tem gravada desfragmentando por todo esse tempo e juntando tudo, e vendo que cada vez os pedaços quebrados ficam tão maiores que a mesma alma é incapaz de quebrar, de desligar e apenas esquecer qualquer risco que esse tal de infinito já deixou nela, então o mar se quebra em ondas, o dragão se rende à lua, e as mãos continuam frias.

Não, não é pelo inverno, ou pela noite,


vem da alma.

E isso, só Deus explica.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

.título pra quê?

.a noite fria, você sai do trabalho e encontra alguém que secretamente já te fez sonhar com um final feliz.
bem, o tempo passou e hoje você ainda sonha com finais felizes, mas os fatos mudaram, e você, ironicamente, mudou também.
um vinho pra aquecer, o telefone tocando, tem alguém muito de cara do outro lado da linha.
E ela reclama, reclama e reclama. Você escuta e pensa: porque ficar infeliz assim, só pela necessidade de não ser sozinha?

Conta-me seus segredos um a um e estou absorvendo cada palavra.
Como entender que embora um dia tivesse sido apaixonada, agora o que restou foi um carinho graças àquilo que não aconteceu?
É um pouco difícil entender a pequena diferença entre dois sentimentos tão bonitinhos.

É estranho que, quando longe, tenho saudade e imagino dormindo do meu lado, ouvindo sua respiração, sentindo algo que me amortece e, quando perto, olho, admiro, observo e, nada. Nem mesmo um suspiro, nem mesmo um desejo. Nenhum tesão.




Como é estranho não conseguir entender o que se sente.

domingo, 3 de julho de 2011

.escolhas.

.dizem que a vida é feita de escolhas.
Bem, eu digo que não é.
Pelo simples fato de que existem muitas coisas as quais não se pode escolher.

Essas coisas simplesmente acontecem.
E ponto final.

sábado, 2 de julho de 2011

.as palavras que me faltam.

.se eu escreve tudo o que estou pensando e sentindo agora, sete e meia da manhã de uma manhã fria de inverno, após uma noite chuvosa e que agora ameaça ter de novo algum raio de sol, depois de dias de céu nublado.

 se eu tivesse a coragem que me falta pra ir atrás, pra pedir pra ficar, fazer ficar...



talvez,


talvez.....


é, talvez....