Curiosos

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

.tentando escrever algo que não tenha você nas entre-linhas.

.porque não estou sendo capaz de ser indiferente à saudade que está sobre a minha pele, meus órgãos, meus ossos. Essa saudade que grita toda vez que fico em silêncio. Porque quando fecho os olhos ainda vejo você, ofegante depois de gozar e me abraçando enquanto te faço meu travesseiro.. e vejo as tuas cores na penumbra silenciosa e dançante dentro do meu quarto, vejo suas cores quando a luz que vem da rua passa através da cortina e clareia as paredes, seu contorno tão quente e suado, seus peitos pulsando a cada sístole e diástole do coração, seus pêlos brilhando suados, a respiração arrepiando até meus ossos enquanto meu umbigo repousa sobre o seu umbigo e seus braços, se arrastando sobre minhas costelas e me apertando, tornam-se cipós ao redor do meu corpo. Me amarram tão perto que nossos corpos se fundem. Me enterro dentro dos seus olhos e por alguns instantes intermináveis não sei diferenciar o que faz parte de mim do que faz parte de você. E então eu descubro que tornar-se um só é mesmo possível. E descubro linha por linha o que está desenhado em sua alma. E nessa intensidade mais uma vez nos extasiamos, e tudo se repete e a cada vez que nos tornamos uma, inevitavelmente nessa fusão acabam ficando presos em você, pequenos pedaços de mim, e em mim vão ficando os seus cacos




































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