Curiosos

quinta-feira, 7 de julho de 2011

.quebra-cabeças incompleto.

.um caderno cheio dentro de uma mala esquecida. Folheio, e acho nele tanto que parece até que foi escrito por mim.
"não me importa se fracassamos no que quisemos sentir"

eu acho que às vezes ainda importa.

Como saber sentir se não nos permitimos se entregar?

se não nos revelamos na leveza que sentimos no corpo, quando as mãos frias tocam uma a outra?
quando sem saber tocamos nossa alma. Sem saber... sem conhecer o que estamos sentindo.

E não confundir o que acontece não só uma vez na vida, mas APENAS com uma só pessoa na vida?

Se isto vem de outras vidas, se estava predestinado a ser, eu optaria por não ter mais a vida, e nenhuma outra vida a mais, pra não sentir assim de novo.

O quebra-cabeça incompleto.

O mar sem sal e sem ondas.
O céu escuro e frio e os dias de espera pra ver a lua cheia com o seu dragão.

infinitamente.
E o infinito tem um símbolo de dois círculos, que vivem a se cruzar e se afastar, e se cruzar, e afastar, e sempre voltando ao mesmo lugar, infinitamente.

Quero cortar o laço, desmontar aquela velha coisa do "para sempre".

Mas o que a alma gravou e tem gravada desfragmentando por todo esse tempo e juntando tudo, e vendo que cada vez os pedaços quebrados ficam tão maiores que a mesma alma é incapaz de quebrar, de desligar e apenas esquecer qualquer risco que esse tal de infinito já deixou nela, então o mar se quebra em ondas, o dragão se rende à lua, e as mãos continuam frias.

Não, não é pelo inverno, ou pela noite,


vem da alma.

E isso, só Deus explica.

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